Domingo, 23 de Novembro de 2008

Rota da Sra do Monte

Nesta manhã de Domingo organizámos mais um Passeio Pedestre, desta vez em Soutocico/Leiria
Este percurso por trilhos de piso irregular com a extensão de 11 km e caracterizado por uma longa ascenção (4,3km) até à elevação máxima de 413metros e com passagem pela Capela da Sra do Monte e paisagens de rara beleza contou com a presença de 31 participantes.
 

 

 

Lenda da Capela Sra do Monte

Era uma vez...
ia Diogo Gil no alto mar. Não diz a lenda se era marinheiro ou comerciante, capitão, piloto ou embreador, quando nas costas portuguesas se levantou temerosa tempestade, com alterosas ondas que varriam o barco de proa à ré, de bombordo a estibordo. A aflição generalizou-se e Diogo Gil, que via terminados os seus dias naquele momento, fez um ferveroso voto a Nossa Senhora de Lhe construir uma Ermida num alto monte que dali se avistava se a borrasca amainasse. E, logo após a promessa feita, à tempestade sucedeu a bonança. E Diogo Gil, fiel á sua promessa, logo se voltou para terra e avistando os altos montes que coroam a povoação das Cortes, disse: “Será ali”. Regressando à terra, na cidade de Lisboa, Diogo Gil foi procurar o sítio que do mar avistara e onde devia construir a ermida dedicada à Rainha dos Céus. E andou, andou, até que chegou às Cortes. E ali subiu, subiu, passou a Abadia, e continuou a subir... Até que, lá ao longe, se via o mar, aquele mar que ia encurtando a vida de Diogo Gil. O peregrino, olhando o mar, lembrou-se do mau bocado que passara lá longe, nas brumas da distância. E, ali mesmo, Diogo Gil ajoelhou, orou, e depois mandou edificar a Capelinha que prometera à mãe de Jesus. Colocada a Imagem no altar, grande festa Lhe fez Diogo Gil, festa que todos os anos se repetia e que ainda hoje se repete no dia da Senhora do Monte.

Localizada a nascente do lugar da Abadia, data de 1550, podendo ler-se em legenda que sobrepuja a porta principal: "Esta casa mandou fazer Diogo Gil por sua devoção a/ onra.d.Nosa.S/ 1550". É presumivelmente a mais antiga construção da freguesia das Cortes ainda de pé.De arquitectura simples, mantém o alpendre, simplificação das galilés típicas da época, como a da N. Sra. da Encarnação, que lhe dá um tom acolhedor. A imagem da Virgem, em pedra, que o poeta Afonso Lopes Vieira baptizara de "madrinha", era a primitiva até 26 de Setembro de 1991, data em que foi roubada, vindo a ser posteriormente substituída por uma escultura de Fernando Marques.A parede sul tem incrustada uma lápide com o nome dos militares da freguesia das Cortes que participaram na Grande Guerra de 1914-18.
 
Cruzeiro da Senhora do Monte
Trata-se do primeiro Monumento aos Mortos da 1ª Grande Guerra de 1914-18 erguido em Portugal, com data de construção de 29 de Setembro de 1919, três anos antes do de Pinhel e dois antes da fundação da própria Liga dos Combatentes. Homenageia em particular dois soldados mortos em França como se pode ver pela legenda inscrita na pedra: "Homenagem/ de/ gratidão/ à memória dos/ soldados/ Francisco/ de O. Ponte/ e Francisco/ Almeida da/ freguesia das/ Cortes. Mortos/ em França/ na Guerra/ de/ 1914 a 1918".O ciclone de 16 de Fevereiro de 1951 e um raio deixaram o Cruzeiro parcialmente destruído. Só em 1953 António Marques, por sua iniciativa, o mandou reconstruir, reinaugurando-o em 25/9/1955 com grande pompa e na presença de mil crianças da região.70 anos depois da sua construção, a 24 de Setembro de 1989, o Cruzeiro voltou a ser centro de atenções. Ali foi aposta uma lápide de homenagem a dois militares mortos na guerra colonial de África, Júlio Soares e Victor Menezes, tendo na ocasião decorrido uma cerimónia em que participaram as mais diversas individualidades.Afonso Lopes Vieira é o autor de duas quadras também gravadas naquelas pedras singelas.

 


publicado por aventura100limites às 09:11
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